Até que ponto pode o estado influir no comportamento cultural dos seus integrantes?
Se aceita uma determinação administrativa modificar um procedimento milenar, tão inerente à condição humana, para não dizer instintivo?
Tramita, nas esferas governamentais, uma nova lei sobre a proibição de castigos corporais em menores de idade.
Educadores, psicopedagogos, sociólogos, orientadores e, principalmente, os pais, todos dentro das novas inclinações modernistas, irão se manifestar, fazendo a balança tender, assim me parece, para a intermitência do que a convivência doméstica deveria ter de mais comum: o relacionamento entre genitores e suas crias.
Na Roma antiga, apenas duas categorias podiam envergar togas: os pretores e as crianças, o que nos leva a pensar sobre a importância dada à infância, a despeito de que o chefe de família romano detivesse o pátrio poder. Podia um pai matar o próprio filho, sem que a ele fosse imputado crime algum.
Nos dias atuais, na nossa complexa sociedade contemporânea, parece tudo ser permitido aos rebentos. A palavra limite, quando se fala em educação infantil, aparentemente, foi sumaria e inapelavelmente removida dos nossos vocabulários.
Não quero aqui interceder pelos que praticam covardias contra indefesos. Mesmo porque há os que imaginam que, se pancada não resolveu, é porque foi pouco. Isso sem contar nas discrepâncias de comportamento que certas almas desvirtuadas infligem aos seus dependentes. Existe uma questão educacional profundamente arraigada na sociedade, ao menos na que pertenço: quem come do meu pirão, apanha do meu cinturão!
Não concordo, acho que não há necessidade do uso da força física e que o exemplo sempre fala mais alto.
Tenho duas filhas, de 27 e 19 anos, que respeitam as orientações de seus pais e jamais necessitei tocar em um só fio de cabelo delas; muito menos chegar a submetê-las a situações vexatórias, pois existem castigos bem piores do que algumas palmadas na bunda, podem acreditar.
Educar é uma responsabilidade que demanda muito tempo e trabalho. Se você tem disponibilidade para antever as necessidades do seu filho, certamente não vai ter problemas muito sérios com ele. É bem verdade que existem exceções: tive amigos na minha juventude que eram complicados para os seus pais, mas tornaram-se assim, acredito, por falta de investimento pessoal.
Existe, como em tudo mais na vida, um tempo certo para a atitude. Uma ação branda no instante adequado evita muitos dissabores futuros. A velha máxima de que pisada de galinha não mata pinto, parece se adequar aos demais espécimes animais.
Defendo o direito de se criar nossos filhos sem a intervenção unilateral de um aparelho que não possui meios, nem competência de fazer cumprir um preceito extravagante. Se agressão sempre foi crime, o que pretende a nova resolução? Que crianças escapem ilesas às suas imaginações fantasiosas ou a comportamentos pouco responsáveis? Tudo, como estamos cansados de saber, não pode chegar a extremos.
Se o governo não consegue orientar, acolher, prover ou educar as milhares de crianças que erram pelas ruas das cidades, abandonadas, sem perspectiva de nada ou futuro algum, vai querer interceder junto à família, a única instituição que parece funcionar nesta joça de país?
Há muito a se fazer pelos pequeninos que representam o futuro dessa nação.
Se intrometer com prescrições inócuas em áreas de difícil controle, não me parece muito inteligente.
Focos mais razoáveis, por favor, senhores legisladores!
Se aceita uma determinação administrativa modificar um procedimento milenar, tão inerente à condição humana, para não dizer instintivo?
Tramita, nas esferas governamentais, uma nova lei sobre a proibição de castigos corporais em menores de idade.
Educadores, psicopedagogos, sociólogos, orientadores e, principalmente, os pais, todos dentro das novas inclinações modernistas, irão se manifestar, fazendo a balança tender, assim me parece, para a intermitência do que a convivência doméstica deveria ter de mais comum: o relacionamento entre genitores e suas crias.
Na Roma antiga, apenas duas categorias podiam envergar togas: os pretores e as crianças, o que nos leva a pensar sobre a importância dada à infância, a despeito de que o chefe de família romano detivesse o pátrio poder. Podia um pai matar o próprio filho, sem que a ele fosse imputado crime algum.
Nos dias atuais, na nossa complexa sociedade contemporânea, parece tudo ser permitido aos rebentos. A palavra limite, quando se fala em educação infantil, aparentemente, foi sumaria e inapelavelmente removida dos nossos vocabulários.
Não quero aqui interceder pelos que praticam covardias contra indefesos. Mesmo porque há os que imaginam que, se pancada não resolveu, é porque foi pouco. Isso sem contar nas discrepâncias de comportamento que certas almas desvirtuadas infligem aos seus dependentes. Existe uma questão educacional profundamente arraigada na sociedade, ao menos na que pertenço: quem come do meu pirão, apanha do meu cinturão!
Não concordo, acho que não há necessidade do uso da força física e que o exemplo sempre fala mais alto.
Tenho duas filhas, de 27 e 19 anos, que respeitam as orientações de seus pais e jamais necessitei tocar em um só fio de cabelo delas; muito menos chegar a submetê-las a situações vexatórias, pois existem castigos bem piores do que algumas palmadas na bunda, podem acreditar.
Educar é uma responsabilidade que demanda muito tempo e trabalho. Se você tem disponibilidade para antever as necessidades do seu filho, certamente não vai ter problemas muito sérios com ele. É bem verdade que existem exceções: tive amigos na minha juventude que eram complicados para os seus pais, mas tornaram-se assim, acredito, por falta de investimento pessoal.
Existe, como em tudo mais na vida, um tempo certo para a atitude. Uma ação branda no instante adequado evita muitos dissabores futuros. A velha máxima de que pisada de galinha não mata pinto, parece se adequar aos demais espécimes animais.
Defendo o direito de se criar nossos filhos sem a intervenção unilateral de um aparelho que não possui meios, nem competência de fazer cumprir um preceito extravagante. Se agressão sempre foi crime, o que pretende a nova resolução? Que crianças escapem ilesas às suas imaginações fantasiosas ou a comportamentos pouco responsáveis? Tudo, como estamos cansados de saber, não pode chegar a extremos.
Se o governo não consegue orientar, acolher, prover ou educar as milhares de crianças que erram pelas ruas das cidades, abandonadas, sem perspectiva de nada ou futuro algum, vai querer interceder junto à família, a única instituição que parece funcionar nesta joça de país?
Há muito a se fazer pelos pequeninos que representam o futuro dessa nação.
Se intrometer com prescrições inócuas em áreas de difícil controle, não me parece muito inteligente.
Focos mais razoáveis, por favor, senhores legisladores!
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